sábado, 8 de junho de 2013

Saiba quais são as obras que melhor representam a Revolução Francesa





Sans-culotte, de Louis-Leopold Boilly
Este quadro apresenta de forma clara as roupas de uma parte importante da sociedade francesa pré-revolução. Segundo Carlos Farias Júnior, professor de História da Universidade Castelo Branco, os sans-culottes eram artesãos, trabalhadores e até pequenos proprietários que viviam nos arredores de Paris. "Eles não usavam os elegantes calções que a nobreza vestia (culottes), mas uma calça de algodão grosseira", explica. O traje de um típico sans-culotte era composto pelo pantalon (calças compridas), o carmagnole (casaco curto) e sabots (sapatos de madeira), além do barrete frígio de cor vermelha, uma espécie de touca utilizada inicialmente pelos antigos habitantes da Frígia, hoje Turquia.



Marat assassinado ou A morte de Marat, de Jacques-Louis David
Marat assassinado (Marat assassiné) ou A morte de Marat, tela de Jacques-Louis David, retrata o revolucionário francês Jean-Paul Marat, morto em sua casa em 13 de julho de 1793 por Charlotte Corday, membro da aristocracia do Antigo Regime e simpatizante da corrente Girondina, liderada por Marat. Jornalista, médico e cientista, Marat participou da Convenção Nacional em setembro de 1792, representando o povo da França. Charlotte o apunhalou no peito enquanto o revolucionário repousava na banheira, hábito adquirido devido a uma doença de pele cujas feridas só eram amenizadas em imersão, conta o historiador Carlos Farias Júnior. Feita no ano de morte de sua morte, a pintura não mostra a doença de Marat, o que contribuiu para torná-lo um ícone da Revolução.



Tomada da Bastilha, de Jean-Pierre Louis Laurent Houel
A Tomada da Bastilha, ou Queda da Bastilha, é um importante marco da Revolução Francesa que foi reproduzido por Jean-Pierre Louis Laurent Houel. A população francesa invadiu a prisão política do Antigo Regime em 14 de julho de 1789, feriado nacional no país. A fortaleza medieval contava, na época, com apenas sete presos, mas foi o suficiente para mostrar aos monarcas a força que teria a revolução.



Napoleão Entronizado, de Jean-Auguste Dominique Ingres
Discípulo de David, pintor de Marat Assassinado, Jean-Auguste Dominique Ingres retrata uma das fases finais da Revolução Francesa: o período dominado por Napoleão Bonaparte. A composição da pintura é baseada na estátua colossal de Zeus do templo antigo de Olímpia. O resultado é Napoleão sendo representado como um Imperador-Deus, num efeito grandioso e apropriado aos feitos do reinado do retratado. Napoleão foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, após assumir o poder com o golpe de 18 de Brumário.




 A liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix
A Revolução Francesa não foi a derrota total do Antigo Regime. O triunfo da burguesia e a derrota definitiva da aristocracia absolutista aconteceram com a Revolução de 1830, retratada por Eugène Delacroix em A liberdade guiando o povo. A figura central da tela representa a liberdade vitoriosa, segurando a bandeira do país. Os corpos em que ela pisa remetem à derrota do governo absolutista e as demais figuras são as camadas que, a partir de então, passaram a ter voz na sociedade francesa: os intelectuais e os populares.

Kennedy Anderson R. Gomes

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Revolução da Burguesia para dominar o poder.

O poder era constituído pela  realeza, a nobreza e o clero.  Esses detinham todo o poder e os bens, enquanto isso o povo estava passando fome, então para derrubar o poder houve a aliança da burguesia com o povo.

  Os descontentes do Terceiro Estado em relação ao Antigo Regime eram:

Alta burguesia: 


Banqueiros, grandes comerciantes e grandes manufatureiros.
Apesar de se beneficiarem com o monopólio do comércio externo, estavam descontentes por pagarem tributos, não terem privilégios de nascimento (o julgamento em Tribunais especiais, os direitos de caça, o acesso aos cargos da Corte, aos comandos militares e às dignidades eclesiásticas, por exemplo) e nem poder político;

Média burguesia: 


Proprietários de oficinas artesanais, lojas de comércio, profissionais liberais e funcionários do Estado.
Descontente com o Antigo Regime pela obrigação do pagamento de inúmeros tributos, pelo não usufruto de privilégios, pela pouca representação política e pelas limitações econômicas impostas pela política mercantilista do Estado absolutista como sua exclusão do monopólio do comércio externo;


Baixa burguesia: 


Principalmente pequenos comerciantes e artesãos.
Reclamava do peso do pagamento dos tributos (dízimo, talha real, corvéia, banalidades, impostos alfandegários, pedágios internos que dificultavam a circulação de mercadorias), das limitações impostas pelos regulamentos das Corporações de Ofício, da falta de privilégio e de participação política;


Trabalhadores urbanos assalariados:


Além de descontentes com o ônus do pagamento de tributos e da exclusão de qualquer participação política, sentiam mais de perto os efeitos da crise do Antigo Regime pelas precárias condições de trabalho e de vida em que viviam nas cidades;


Camponeses livres e servos:


 Enraizados à terra há séculos, não conseguiam se libertar dessa condição, viviam cada vez mais empobrecidos pelo insuportável custo dos tributos (além dos tributos regulares pagos ao Estado e à Igreja, ainda pagavam obrigações aos senhores) e não tinham acesso à representação política.


(Douglas Peixinho)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Georges Danton



Georges Jacques Danton nasceu em uma família da pequena burguesia, filho do advogado Jacques Danton e da sua segunda esposa, Marie-Madeleine Camus. Após estudar no seminário de Troyes, Danton recusou a carreira eclesiástica e partiu para Paris, onde trabalhou num gabinete de advocacia. Após seis meses na faculdade de Reims, comprou uma licença em direito em 1784.

Exercendo a profissão em Paris, preferia frequentar os cafés e cercar-se de muitos amigos. O casamento com Antoinette Charpentier, filha de um rico parisiense, permitiu que obtivesse um cargo de advogado no Conselho do Rei em 1787. Dois anos depois começou a participar, junto com Marat e Camille Desmoulins, em reuniões no distrito de Cordeliers, de onde saíram os líderes dos sans-culotte, a camada da população composta por artesãos, aprendizes e proletários.
Graças as suas qualidades de orador, tornou-se presidente dos cordeliers. O seu talento oratório se exprimia com frases violentas, mas era indulgente e considerava-se discípulo dos filósofos iluministas, mesmo não tendo lido muitas de suas obras. Não via como conspiradores todos os que não pensassem como ele.
Em 1791, no decorrer do processo revolucionário iniciado em 1789, Danton apoiou os jacobinos que queriam a substituição de Luis XVI por Philippe d'Orleans, enquanto que os cordeliers exigiam a abdicação do rei. Após o fuzilamento de manifestantes republicanos no Campo de Marte em julho daquele ano, Danton refugiou-se durante algum tempo em Inglaterra.
No seu retorno, no mês de novembro, substituiu o procurador da Comuna de Paris, com a ajuda do tribunal que praticava, então, a política do Terror. Foi nomeado Ministro da Justiça. Depois deixou o cargo para assumir o cargo de deputado de Paris, opondo-se a Robespierre, não pelas convicções, mas pelo estilo que não compartilhavam.
Temendo a repetição de actos brutais, Danton participou da criação do Tribunal Revolucionário. O paradoxo da Revolução persistia: ao mesmo tempo em que ela não poupava sangue, multiplicavam-se os decretos pelos direitos gerais da cidadania.
Dantou entrou no Comitê de Salvação Pública, órgão executivo da República, responsável pela política estrangeira e por assuntos militares. Rapidamente emergiram os problemas. Mesmo os jacobinos o acusam de defender interesses próprios. Robespierre tomou a frente do Comitê. Danton defendeu as reivindicações dos sans-cullotes e apoiou a criação do exército revolucionário.
A ruptura dos "dantonistas" com os jacobinos foi consumada no fim de 1793, período durante o qual Robespierre tentou manter o equilíbrio político do seu governo afastando mais os radicais e os moderados. Devido às medidas tomadas por Robespierre, Danton encontrava-se isolado e acabou acusado de ser um inimigo da República.
Foi julgado pelo tribunal revolucionário devido a uma acusação preparada por Saint-Just. Defende-se com tanta eloquência que a Convenção demora para fechar os debates. Condenado, foi guilhotinado em 5 de Abril de 1794 em companhia de Camille Desmoulins.
(Leandro Gallo)

domingo, 2 de junho de 2013

Republica e mudanças pós revolução francesa.


Republica depois da revolução  francesa.


Após a Revolução Francesa, foi instaurada a primeira república francesa.A Primeira República Francesa, foi proclamada pelo povo francês a 21 de Setembro de 1792, como resultado da Revolução Francesa e da abolição da monarquia francesa. Isto pressagiou uma nova era de governos republicanos na Europa. Seu principal líder foi Robespierre, que inaugurou o Terror, que matou mais de 100 000 pessoas, com o 18 de brumário o Primeira República foi extinta nascendo assim o Primeiro Império Francês.


Mudanças pós revolução francesa.


A situação na França era extremamente grave. A Burguesia, em geral, apavorada com a instabilidade interna e as derrotas sofridas para os países inimigos, esquecia seus ideais de liberdade, pregados alguns anos antes, e pensava em um Governo forte, buscando no exército a força capaz de reorganizar a nação, restaurando a lei e a ordem .
Todos sabiam que a única pessoa que poderia exercer um Governo desse tipo deveria ser um elemento de prestígio popular e ao mesmo tempo forte o suficiente para manter com mão de ferro a estabilidade exigida pela Burguesia .
A essa época, o elemento de maior liderança no exército era um jovem general, Napoleão Bonaparte, celebrizado especialmente depois da vitoriosa campanha da Itália, em 1796.
No dia 10 de Novembro de 1799 ( 18 de Brumário, pelo calendário Revolucionário), Napoleão retorna do Egito, com o apoio do Exército e da Alta Burguesia, dissolve o Diretório e estabelece um novo governo, conhecido como O Consulado. O período Revolucionário chegava ao fim e começa um período de consolidação do Poder da Burguesia .

Gabriel Vaccaro.