sábado, 31 de agosto de 2013

Os Sindicatos

  

 Os sindicatos surgem, inicialmente, como entidades que têm o objetivo de organizar os trabalhadores na luta por reivindicações econômicas, como por melhores salários, melhores condições de trabalho e de vida. Evidentemente, a luta começa pelo salário, mas a atividade sindical não se limita a isso. O sindicato procura melhorar as condições gerais de trabalho, defendendo a estabilidade no emprego contra as demissões arbitrárias, os direitos de quem trabalha em condições de insalubridade, a segurança na máquina, para que os operários não sejam mutilados por acidentes, e defendendo a classe contra os abusos da polícia e da injustiça dos patrões.
Enfim, os sindicatos procuram defender nossa classe nesta sociedade baseada na exploração do homem pelo homem, lutando pela superação da sociedade capitalista e de qualquer forma de organização social que leve à dominação. Quando falamos de sindicato, estamos nos referindo aos próprios trabalhadores organizados. E é nesta luta sindical do dia-a-dia que os trabalhadores adquirem experiência e consciência de classe, ficam conhecendo a sua própria força e conquistam confiança para diferir o seu próprio futuro.

(Douglas Peixinho)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Revolução Industrial retratada no filme "O Germinal"


 
A Revolução Industrial provocou uma série de transformações políticas, econômicas e sociais na história. O escritor francês Émile Zola (1840-1902) representou essas transformações em uma das suas obras, "O Germinal". Inspirado pela obra de Zola e pela escola literária denominada "Naturalismo", o romance foi adaptado para o cinema sob a direção de Claude Berri, em 1993.

O filme "O Germinal" aborda as relações de trabalho, as lutas de classe existentes na sociedade capitalista, o processo de instalação do capitalismo nas cidades e o ritmo da produção e da exploração dos trabalhadores pelos patrões através do trabalho desumano nas minas de carvão francesas, retratando claramente as severas transformações sociais impostas pelo modo de produção capitalista.

O título do filme faz relação com o processo de desenvolvimento e de amadurecimento dos movimentos grevistas das minas de carvão do século XIX na França. Essas manifestações foram provocadas pelas condições precárias de trabalho, pela miséria, exploração e pelos baixos salários impostos pelos patrões aos operariados.


Kennedy Anderson

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Alienação e Revolução Industrial

Ao longo do tempo, vários historiadores e linguistas percebem que a apropriação e a disseminação de certas palavras promovem um indeterminado processo de reinterpretação do conceito que um dia esteve por detrás delas. Hoje em dia, por exemplo, vemos que muitas pessoas costumam evocar o termo “alienado” quando tentam dizer que alguém não consegue ter a capacidade intelectual de compreender uma determinada ideia.

Com isso, ao estudarmos o desenvolvimento da revolução industrial, acabamos tendo a errônea impressão de que o conceito de “alienação da classe trabalhadora” é o mesmo que falar sobre a “burrice do operariado”. No entanto, esse conceito trabalhado nas obras de Karl Marx possui uma sensível diferença de sua utilização atual. Ao falar sobre alienação, o pensamento marxista faz referência a toda situação em que uma potencialidade humana é tomada por outra entidade.

Dessa forma, ao tematizar a alienação do trabalhador com o advento da Revolução Industrial, Marx queria estabelecer um quadro onde demonstrava a perda de uma determinada habilidade por parte da classe trabalhadora. Com isso surge a pergunta: “que habilidade é essa que os operários perderam a partir do momento em que as indústrias apareceram no mundo?”

Para responder essa pergunta, devemos primeiramente nos voltar para o surgimento dos artesãos na Idade Média. Nesse período, o artesão tinha acesso às técnicas e matérias-primas necessárias para a fabricação de um produto manufaturado. Além disso, dominava todo o conhecimento técnico requerido para a criação do mesmo. Dessa maneira, sabia os custos e todo o tempo que seria gasto para a fabricação de um determinado produto.

Contudo, com a expansão da economia mercantil, esse artesão iria gradativamente perdendo a noção desse valor no momento em que passaria ser necessária uma grande quantia de dinheiro para aquisição de uma máquina ou de uma determinada matéria-prima. Nesse novo quadro, o artesão deixa de ganhar uma compensação proporcional à sua capacidade produtiva para trocar sua força de trabalho por um salário negociado junto ao detentor da matéria-prima e das máquinas.

Já nesse momento, o trabalhador fabril deixava de perceber a discrepância existente entre sua capacidade produtiva e o salário que recebia. Com desenvolvimento das indústrias e a especialização do trabalho, o operário passava a executar uma única e repetitiva tarefa diária. Dessa forma, não teria mais condições de precisar quantos produtos foram criados pelo uso de sua mão de obra.

Foi nesse momento em que a alienação do trabalhador se materializava. Dessa maneira, muitos trabalhadores passaram a acreditar que a compensação salarial recebida todo mês era justa em relação à “simples tarefa” que desempenhava diariamente. Contudo, é o desconhecimento do valor da riqueza por ele gerada que o faz tomar essa premissa como um fato verdadeiro.


Por Rainer Sousa
Graduado em História

Este texto publicado pelo professor de historia Rainer Sousa é uma perfeita explicação sobre a nossa alienação com o mundo, e como aceitamos o capitalismo em nosso meio de vida.

Gabriel Vaccaro

Mercantilismo

O período entre os séculos XVI e XVIII é comumente descrito como mercantilismo. Este período foi associado com a exploração geográfica da Era dos Descobrimentos sendo explorada por mercadores estrangeiros, especialmente da Inglaterra e dos Países Baixos; a colonização européia das Américas; e o rápido crescimento no comércio exterior.
Alguns estudiosos veem o mercantilismo como o primeiro estágio do capitalismo, outros argumentam que o capitalismo não surgiu até mais tarde. Por exemplo, Karl Polanyi, observou que "o mercantilismo, com toda a sua tendência para a comercialização, nunca atacou as salvaguardas que protegeram [os] dois elementos básicos do trabalho de produção e da terra de se tornar os elementos do comércio"; assim atitudes mercantilistas para o regulamento da economia estão mais próximas das atitudes feudais, "eles discordavam apenas sobre os métodos de regulação."
Entre os princípios fundamentais da teoria mercantilista estava o bulionismo, uma doutrina que salientava a importância de acumular metais preciosos. Mercantilistas argumentavam que o Estado devia exportar mais bens do que importava, para que os estrangeiros tivessem que pagar a diferença de metais preciosos. Teóricos mercantilistas afirmavam que somente matérias-primas que não podem ser extraídas em casa devem ser importadas e promoveram os subsídios do governo, como a concessão de monopólios e tarifas protecionistas, que foram necessários para incentivar a produção nacional de bens manufaturados.
Leandro Gallo 

domingo, 25 de agosto de 2013

Charge



Esta charge afirma o período da segunda revolução industrial, na qual o trabalhador é substituído pelas maquinas. A charge mostra um trabalhador e ao seu lado o dono dos meios de produção.