Tirania é uma forma de governo usada em situações excepcionais na Grécia em alternativa à democracia. Nela o chefe governava com poder ilimitado, embora sem perder de vista que devia representar a vontade do povo. Hoje, entre sociedades democráticas ocidentais, o termo tirania tem conotação negativa. Algumas raízes históricas disto, entretanto, podem estar no fato de os filhos do grande tirano grego Pisístrato (que era adorado pelo povo pois fez a reforma agrária e dava subsídio) terem usufruído do espaço público como se fosse privado, sendo assim, banidos e mortos. A Tirania Moderna é caracterizada pelas ameaças às liberdades individuais e colectivas. A moderna tirania é representada por políticos que não tendo mais o poder de matar ou mesmo prender o opositor, preferem usar métodos substituindo como processos judiciais por calúnia e difamação, compra da imprensa e dos órgãos de informação. O comportamento tirânico de um político muitas vezes pode ser visto pelas altas verbas gastas em publicidade governamental, tanto nos níveis municipais, estaduais e federal
Segundo Aristóteles e Platão, "a marca da tirania é a ilegalidade", ou seja, "a violação das leis e regras pré-estipuladas pela quebra da legitimidade do poder" por si já determina a tirania. Uma vez no comando, "… o tirano revoga a legislação em vigor, sobrepondo-a com regras estabelecidas de acordo com as conveniências para a sua perpetuação deste poder". Exemplo disso são as descrições de tiranias na Sicília e na Grécia antiga, cujas características assemelham-se às modernas ditaduras. Ainda segundo Platão e Aristóteles, os tiranos são ditadores que ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder. A sucessão nesse estado de ilegalidade é sempre difícil". Aristóteles atribuiu a "…vida relativamente curta das tiranias à fraqueza inerente dos sistemas que usam a força sem o apoio do direito." Maquiavel também chegou à mesma conclusão sobre a tirania e seu colapso: "… é o regime que tem menor duração, e de todos, é o que tem o pior final…" e "…a queda das tiranias se deve às desventuras imprevisíveis da sorte…"
LEANDRO GALLO
sábado, 19 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Resumo da Guerra do Paraguai
No
dia 18 de setembro de 1865, ocorre a rendição do Paraguai, depois do
cerco de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. É um bom momento para
lembrarmos daquele que é considerada o maior conflito armado da América
do Sul. Muitos historiadores consideram que esta guerra foi um grande
golpe na tentativa do Paraguai se tornar uma grande potência
latino-americana.
A guerra ocorreu no século XIX, mais especificamente durante o Segundo Reinado,
considerando a situação política brasileira.
- A Guerra do
Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América
do Sul. A guerra foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.
- O conflito iniciou-se com a invasão da
província brasileira de Mato Grosso pelo exército do Paraguai, sob
ordens do presidente Francisco Solano López. O ataque paraguaio ocorreu após uma intervenção armada do Brasil no Uruguai, em 1863.
- Foi o último de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questão do Prata,
em que o Brasil lutou, no século XIX, pela supremacia sul-americana,
tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina, o segundo a Guerra do
Prata, e o terceiro a Guerra do Uruguai.
- Em represália à intervenção no Uruguai, Solano López ordenou que fosse apreendido o navio brasileiro Marquês de Olinda. No dia seguinte, o navio a vapor paraguaio Tacuari apresou o navio brasileiro, que subia o rio Paraguai rumo à então Província de Mato Grosso.
- A derrota do Paraguai marcou uma
reviravolta decisiva na história do Paraguai, tornando-o um dos países
mais atrasados da América do Sul, devido a diminuição da sua população,
ocupação militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de
guerra, entre outros motivos.
(Douglas Peixinho)
As várias versões sobre a Guerra do Paraguai
A
Guerra do Paraguai foi um marco para os países que dela participaram. Guerra do
Paraguai se diz no Brasil; Guerra da Tríplice Aliança se fala no Rio da Prata
e, no Paraguai, é conhecida como Guerra Grande; na busca de uma designação
comum se poderia dizer Guerra de 1865-1870. Dessas designações a que mais se
aproxima da realidade é, de fato, Guerra Grande: grande foi sua duração; grande
foi o sofrimento humano que desencadeou nas nações envolvidas e grandes foram
as conseqüências políticas e econômicas para os países que a lutaram.
A
Historiografia da Guerra do Paraguai sofreu mudanças profundas desde o
desencadeamento do conflito. Durante e após a guerra, a historiografia dos
países envolvidos limitou-se a explicar suas causas como devida apenas à
ambição expansionista e desmedida de Solano López. A partir dos anos 1960, uma
segunda corrente historiográfica, apresentou a versão de que o conflito bélico
teria sido motivado pelos interesses do Império Britânico que buscava a
qualquer custo impedir a ascensão de uma nação latino-americana poderosa
militarmente e econômica.
A
partir dos anos 1980, novos estudos propuseram razões diferentes, revelando que
as causas se deveram aos processos de construção dos Estados nacionais dos
países envolvidos(Paraguai,Argentina,Uruguai e Brasil).
1-) Historiografia
tradicional (1868-1970)
2-)Historiografia
revisionista (1968-1990)
3-)Historiografia Moderna (
1990_)
Como cada pais viu a guerra
de uma forma, é claro que seus historiadores também veriam e é por isto que há esta
variedade de versões.
Kennedy Anderson
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Os governos tiranos
Chama-se tirania o governo conduzido por um tirano, onde determinada população é oprimida e tem seu livre arbítrio retirado, transformando-se em peças em um jogo de poder.
Em nossos dias, o termo tirania é aplicado geralmente a uma forma cruel e opressiva de governo, mas a definição original da palavra se referia a regimes cujos mandatórios não tinham a legitimidade para exercer o poder, não importando se agissem de forma maligna ou benevolente. Essa transformação em seu significado tem origem na sucessão de governos tiranos através da história, que, mesmo benignos, tendem a ser inseguros, e para tentar manter o seu poder, transformam-se em regimes cada vez mais opressivos. Dessas experiências surgiu ainda a divisão de poderes na administração pública, para que se evitasse o acúmulo de poder nas mãos de um indivíduo apenas.
Os métodos para derrubar uma ordem constitucional e estabelecer uma tirania são bem conhecidos, mas é surpreendente notar que aqueles que não têm intenção de perpetrar uma tirania podem ser cooptados a instalar um modelo tirânico de administração, apesar de suas melhores intenções. A tirania não é sempre deliberada, os tiranos pode enganar-se em seus atos, acreditando-se libertadores de uma condição, de uma população, e ao mesmo tempo podem agir de modo a enganar todo mundo. O tirano sempre busca o condicionamento do povo, tornando-o compatível com as exigências do poder. Para isso, ele sempre estimula a ignorância pública do cidadão em relação aos seus deveres cívicos.
Uma forma comum de implantação do modelo tirânico de governo começa com o controle e distribuição de falsas informações, por exemplo, com a instituição de ministérios da propaganda chamados de "informação pública" ou "marketing". Outra manobra comum é a da fraude eleitoral, usada para impedir a eleição de reformadores. O tirano irá se utilizar ainda da usurpação de poderes, controle das forças armadas, militarização da aplicação da lei, com medidas aparentemente fortes, como a declaração de uma "guerra contra o crime", por exemplo, que acaba por gerar uma guerra contra as liberdades civis. Outras formas básicas da tirania é a instituição da prática de espionagem e vigilância interna, supressão de pesquisadores e denunciantes, além a criação de uma classe de funcionários acima da lei.
A solução nesses casos é sempre detectar as tendências para a tirania e suprimi-las antes que elas se desenvolvam e acabem firmemente estabelecidas. As pessoas nunca devem concordar em qualquer violação da constituição. Deixar de tomar medidas corretivas cedo significa apenas que medidas mais severas terão de ser tomadas mais tarde, talvez com a perda de vidas e do rompimento da sociedade de uma forma que a recuperação pode levar até mesmo séculos.
Bibliografia:
ROLAND, Jon. Principles of Tyranny (inglês). Disponível em: < http://constitution.org/tyr/prin_tyr.htm >. Acesso: 21/02/13.
ROLAND, Jon. Principles of Tyranny (inglês). Disponível em: < http://constitution.org/tyr/prin_tyr.htm >. Acesso: 21/02/13.
Opinião própria: O autor deste texto deixa claro como o governo tirano se organiza e como sao feitas suas manifestações. Achei muito significante sua opinião. A tirania em si é um dos piores governos que ja existiram se nao o pior, pois ela acaba tirando aquilo que mais se presa no homem, que se chama LIBERDADE.
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