Carlos II de Inglaterra
Carlos II de Inglaterra foi chefe da casa de Stuart e rei da Inglaterra, Escócia e
da Irlanda entre 30 de Janeiro ou 29 de Maio de 1660 até
sua morte. O pai de Carlos II, Carlos I, tinha sido executado em1649 e
substituído por uma ditadura militar de Oliver Cromwell, que se
auto-nomeou "Lord Protector".
Carlos II subiu ao trono após a restauração da monarquia em Inglaterra e Escócia,
pouco depois da morte de Oliver
Cromwell. Foi casado com a princesa Catarina de Bragança, filha de João IV de Portugal, que lhe levou como dote a
posse de Tanger e
em homenagem à qual foi denominado o que hoje é o bairro nova-iorquino de Queens. Apesar de
ter tido inúmeros filhos ilegítimos (ele reconheceu os direitos de 14 deles), o
casamento não resultou em herdeiros e foi sucedido pelo irmão, Jaime Duque
de York. Ao converter-se oficialmente ao catolicismo no
seu leito de morte, Carlos II foi o primeiro católico romano a reinar a
Inglaterra desde a morte de Maria I em 1558.
Em 1672, Carlos II assinou
a Declaração de Indulgência, na qual manifestava sua intenção de suspender
todas as leis que penalizavam os católicos e a outros dissidentes religiosos.
No mesmo ano, ele apoiou abertamente a França católica
(a epóca governada por seu primo Luís XIV) e iniciou a Terceira Guerra
Anglo-Holandesa.
O Parlamento (contrário a
conceder tolerância religiosa aos católicos) opôs-se à Declaração de
Indulgência e negou-se a financiar a Guerra Anglo-Holandesa, obrigando Carlos a
firmar a paz em 1674.
Em 1678, Titus Oates, um
antigo clérigo anglicano, denunciou falsamente uma "conspiração
papal" para assassinar o rei e substituí-lo pelo Duque de York. A histeria
anticatólica estendeu-se pela população com vários supostos conspiradores, e
numerosos inocentes foram executados. Carlos II ordenou a seu Primeiro
Ministro, Thomas Osborne, o Conde de Danby, que investigasse o caso.
Posteriormente, ainda em 1678, o Conde Danby foi submetido a uma moção de
censura pela Câmara dos Comuns sob a acusação de alta traição. A fim de salvar
o Conde Danby do julgamento, Carlos decidiu dissolver o Parlamento em janeiro
de 1679. O novo
Parlamento, constituído em março de 1679, resultou ser francamente hostil ao
rei. Danby foi forçado a se demitir, mas recebeu o perdão real.
Carlos
morreu repentinamente vítima de uremia em 6 de fevereiro de 1685. Antes de morrer converteu-se ao catolicismo e recebeu aunção
dos enfermos. Ele foi sucedido pelo irmão, o
Duque de York. Ele foi sepultado na Abadia
de Westminster.
(Leandro Gallo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário