- Em 7 de janeiro de 1865, são criados os corpos de Voluntários da Pátria,
que pretendiam incentivar o alistamento de civis por ideais
patrióticos. No começo até que dá certo, mas logo a empolgação passa, e o
trabalho de alistamento se torna cada dia mais complicado.
- Os “voluntários” começam então a ser
recrutados na marra. Cada qual dava seu jeito para escapar da guerra.
Uns doavam dinheiro e empregados, outros tramavam para que inimigos
políticos fossem no seu lugar. Havia até quem oferecesse familiares:
sobrinhos, irmãos, filhos…
- A prática mais comum, no entanto, era a aquisição de escravos
para substituir o convocado. Até o governo passou a comprar negros para
as batalhas. “Forças e mais forças a Caxias. Apresse a medida de compra
de escravos e todos os que possam aumentar o nosso Exército”, escreveu
dom Pedro II ao ministro da Guerra.
- Estima-se que mais de 20 mil escravos
tenham lutado na guerra. O número representa cerca de 16% dos soldados
brasileiros. Como é de se imaginar, eram tratados como inferiores pelos
companheiros. Muitos trabalhavam como criados dos soldados brancos.
(Douglas Peixinho)
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